Aula 02/03/13 - Escola Bíblica IMW Areal


Aula 3 - A ação do Espírito Santo na Igreja
          O ES que manifesta a Presença divina na igreja. Num capítulo analisamos a atuação do ES no AT, agora O analisaremos em sua atuação no NT, ou seja, na Igreja. Logo, Ele que opera nos homens. Sua manifestação se dá da seguinte maneira:
1.    Ele dá vida (Sl 104.30; Jó 34.14-15).
2.    Convicção (Jo 15.26; 16.7-11; At 5.32; 1Jo 2.3; 1Jo 4.2)
3.    Regeneração (Jo 3.3; 1 Pe 1.3)
4.    Habitação (Jo 14.17; Rm 8.9; 1 Co 6.19; 2 Tm 1.14: 1 Jo 2.27; Cl 1.27; 1 Jo 3.24; Ap 3.20).
5.    Ele dá poder para o serviço (Nm 27.18; Dt 34.9; Jz 3.10; 6.34; 11.29; 13.25; 1Sm 11.6; Mt 3.16; Mc 1.11; Lc 3.22; 4.1,14; Jo 1.32).
6.    Recebimento dos dons (1 Co 12)
7.    A prova dos dons (Mt 16.16,17; 1 Jo 4.1,2; 1 Co 10.20; 12:3; Apo. 19:10)
8.    Purificação (Jo 16.8-11; At 7.51).
9.    Revelação aos profetas e apóstolos (Nm 24.2; Ez 11.5; Zc 7.12; 2 Pe 1.21).
10. Guia e dirige o povo de Deus (Is 30.1; Mt 4.1; Mc 1.12; Lc 4.1).
11. Ele nos dá segurança (Rm 8.16; 1 Jo 3.24; 4.13).
12. Ele ensina e ilumina (Jo 14.26; Jo 16.13).
a.    Os dons espirituais.
          Os dons do Espírito devem distinguir-se do dom do Espírito. Os primeiros descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito para ministérios especiais; o segundo refere-se à concessão do Espírito aos crentes conforme é ministrado por Cristo glorificado.
           Paulo fala dos dons do Espírito. Diz que são variedades de dons concedidos pelo Espírito aos cristãos para serviço do Reino (1 Co 12.4,7), contendo a intencionalidade da utilidade: “dada a cada um, para o que for útil” . Desde o AT a unção do ES deveria estar sobre os homens para o serviço (Is 61.1-3). Também tem o propósito de edificar a igreja de Deus, por meio da instrução dos crentes e para ganhar novos convertidos (Ef 4.7-13).
          São enumerados nove desses dons divididos em três grupos (1 Co 12.8-10):
13. Saber e forma sobrenatural: a palavra de sabedoria, ciência e discernimento.
14. Ação sobrenatural: fé, milagres, curas.
15. Falar sobrenatural: profecia, línguas, interpretação.
b.    Variedade de Dons.
1.   A palavra de sabedoria – Pronunciamento de algo de forma sábia.  Inclui interpretar, aconselhar, esclarecer, prudência em tratar assuntos, habilidade no trato, discrição em comunicar verdades cristãs, conhecimento e prática dos requisitos para uma vida piedosa e pura, o conhecimento e habilidade necessários para uma defesa eficiente da causa de Cristo. A sabedoria de Deus é manifestada na formação e execução de seus conselhos. Mas é uma capacidade sobrenatural.
2.  A palavra de ciência - Declaração de fatos de forma sobrenatural. É conhecimento de Deus e das áreas interdependentes. É um conhecimento mais profundo, mais perfeito e mais amplo da vida cristã, tal como pertence aos mais avançados.
     Qual a diferença entre sabedoria e ciência? Myer Pearlman diz que “ciência é o conhecimento profundo ou a compreensão das coisas divinas, e sabedoria é o conhecimento prático ou habilidade que ordena ou regula a vida de acordo com seus princípios fundamentais”. Porém, “ciência” e “sabedoria” são utilizadas juntas, a primeira o conhecimento em si mesmo; a outra, o conhecimento em ação.
3.  Fé ou “fé especial” – Esse tipo de fé é dotação especial do poder do Espírito. É uma fé miraculosa que se apresenta em tempos de crise. Tem qualidade tão especial que podia remover uma montanha (Mt 17.20).
4.  Operação de milagres - Literalmente “obras de poder”. A chave é Poder (Jo 14.12; At 1:8).
5.  Dons de curar – É dado por Deus duma maneira sobrenatural para dar saúde aos enfermos por meio da oração. Utilizado pelo evangelista para atrair o povo ao Evangelho. Isso não quer dizer que se tem poder de curar a todos, mas cabe a soberania de Deus estabelecer aqueles que serão curados.
6.  Profecia – Nas Escrituras é expressão vocal inspirada pelo Espírito de Deus. É diferente daquela que veio sobre os escritores bíblicos, mas se distingue da pregação comum, pois é o resultado da inspiração espiritual espontânea. Tem o propósito edificar, exortar e consolar os crentes (1 Co 14.3). Paulo afirma que devemos provar ou julgar as mensagens proféticas (1 Co 14.29).
7.  Discernimento de espíritos – Esse dá capacidade de determinar se o profeta está falando pelo Espírito de Deus. Ele capacita a “enxergar” as aparências exteriores (1 Jo 4.1-6; Mt 7.15-23).
8.  Línguas ou Variedade de línguas - É o poder de falar uma língua nunca aprendida. É diferente de Atos que é a Glossa (idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações), o sentido do texto em 1 Co 14.2) expressa louvor em êxtase dirigido a Deus somente; Já em 1 Co 14.5 parece que é uma mensagem definida para a igreja. Por fim Paulo apresenta que as línguas estranhas não são para todos (1  Co 12.30).
9.  Interpretação de línguas – Tem o objetivo de tornar inteligíveis as expressões inspiradas pelo Espírito (1 Co 14.5). O mesmo Espírito que inspirou o falar pode inspirar também a sua interpretação. As línguas em conjunto com a interpretação tomam valor de profecia. (1 Co 14.5).
c.    O pecado contra o Espírito Santo.
          Qual é a característica principal dos Pecados contra o Espírito Santo. De modo geral o ES pode ser entristecido (Ef 4.30), pode-se mentir para Ele (At 5.3), e extinguir seu poder (1 Ts 5.19). Os incrédulos podem blasfemar contra a Pessoa do Espírito e resistir ao seu poder (At 7.51; Mt 12.31,32), mas esses pecados ainda não se referem ao pecado imperdoável que é conhecido como Blasfêmia contra o ES (Mt 12.22-32). É clara a intenção dos Fariseus de recusarem o título messiânico que era atribuído a Jesus. Logo, ao se concretizar o reinado de Jesus sobre o povo os fariseus perderiam suas posições e os benefícios com os romanos. Assim, mesmo com certeza que os milagres forjados por Jesus sendo da parte de Deus, os fariseus atribuíram tais milagres a Belzebu.

 *Material compilado e editado apartir da apostila do Pr. Leonardo Ribeiro.


- BIBLIOGRAFIA:
CHEUNG, Vincent. Teologia Sistemática. Trad. Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da Silva (site Monergismo.com)
GEISLER, N. & TUREK F. Não tenho fé suficiente para ser ateu. Trad. Emison Justino. São Paulo: Ed. Vida, 2006.
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. Trad. Norio Yamakami. Ed. Vida Nova. São Paulo, 1999.
LANGSTON, A. B. Esboço de teologia sistemática. 3ª Ed. Rio de Janeiro: JUERP. 1999.
LEWIS, C. S.. Cristianismo puro e simples. Trad. Álvaro Oppermann e Marcelo Brandão Cipolia. Edição revista e ampliada. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das origens à idade moderna. São Paulo: Globo, 2005.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Trad. Lawrence Olson. 1ª ed. São Paulo. Vida. 1999.

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