26 de março de 2009

Lambuzando com azeite


Sempre que vou a um rodízio de pizzas é uma alegria... ainda mais para quem come muito como eu! São fatias e mais fatias de pizza. Os garçons insistem em deixar um pratinho auxiliar para colocar os restos, o chamado "cemitério", mas incrível como o meu sempre fica vazio!

Para poder melhor degustar das pizzas, evito de colocar codimentos como catchup, mostarda ou maionese, pois tão somente "mascaram" o verdadeiro sabor dos recheios. No máximo rola um azeite, que preserva o gosto original da pizza, dando ainda um toque especial de refinamento ao sabor.

Como praticamente 100% dos integrantes da minha família, sou um tanto "desastrado". Derrubo as coisas com uma certa facilidade. E, logicamente, já derrubei algumas vezes o frasco de azeite. Imaginem o resultado... é uma melequeira só, fica tudo lambuzado. É difícil conseguir remover toda a oleosidade do azeite, parece que fixa nas coisas.

Falando em azeite, não tem como não lembrar daquelas clássicas experiências de colégio sobre densidade dos líquidos, onde em um mesmo copo coloca-se água e azeite. Incrível como o danado do azeite nunca se mistura à água! Eu tentava misturar os dois e nunca conseguia, pois é uma das propriedades do azeite ser mais denso que a água e, por consequência, não se misturarem.

O rei Salomão, já no final de sua vida, passando instruções sobre como bem vivê-la disse:

"Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte óleo sobre a tua cabeça" (Eclesiastes 9:8)

O azeite (ou óleo) é o símbolo bíblico da consagração a Deus. E quando se fala em consagração, falamos em sermos Santos, mas não no sentido de sermos sem pecados (uma vez que isso é impossível, só Jesus nunca pecou), mas sim em sermos "separados" para o Senhor.


Não, também não estou falando de nos isolarmos no alto de uma montanha e virarmos monges tibetanos enclausurados, ou alguma espécie de ermitão de longas barbas e vestidos de trapos isolados da sociedade. Pelo contrário, estamos falando aqui em viver em meio ao mundo e não se contaminar, mantendo "em todo o tempo alvas as nossas vestes", ou seja, limpas, sem pecado.

"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." (1 Pedro 2:9)

Sim, é disso que falamos, somos um povo consagrado, santo, escolhido para anunciar a Palavra de Deus por todos os cantos! É gritar para os quatro ventos que pertencemos ao Amado de nossas almas... Jesus!


Só que devemos ficar espertos... o azeite pode um dia acabar. Portanto, assim como Salomão falou, não podemos deixar faltar esse óleo sobre nossas cabeças, e isso se dará com uma busca diária e incansável de intimidade, santidade, fome e sede de Deus.

Tenha sua cabeça cheia de óleo... se lambuze com esse azeite!

Consagre-se a Deus!

24 de março de 2009

Nas mãos do Oleiro


Quem nunca brincou de massinha de modelar quando criança?!

Como toda criança, lembro-me que minha professora de jardim de infância dava pedaços de massinha de modelar para que as crianças brincassem nas aulas de Artes.

A criatividade rolava solta nesses momentos. Apertava-se de um lado, amassava-se de outro, enfim, após alguns minutos as formas mais inacreditáveis surgiam diante de nossos olhos. E, consequentemente, ali havia uma criança orgulhosa pelo seu feito.

A massa de modelar em muito me lembra um vaso de barro... O princípio é o mesmo, a partir de uma matéria-prima maleável, obtem-se a forma que se deseja.

O oleiro amassa o barro, modela-o na roda, e por fim coloca-o no forno. Caso não fique como ele queria, quebra tudo e faz de novo.

A vida de um vaso não deve ser fácil. O oleiro aperta o barro de um lado, amassa do outro, fica girando-o, coloca-o em um forno com temperaturas elevadíssimas por horas, e pra completar, caso não fique bom, quebra tudo pra fazer de novo!

A Palavra de Deus fala que somos como um vaso nas mãos do oleiro. Poderia ficar divagando sobre diversas propriedades do barro, ou características dos outros elementos envolvidos nesta sistemática da feitura do vaso. Mas, me aterei apenas àquela que mais me chama a atenção... o Oleiro está no controle!

Sim, é isso mesmo... o Oleiro é quem determina o que será do barro, que tipo de vaso se tornará, é ele quem, imprimindo sua criatividade, define suas formas.

Somos como vasos nas mãos do oleiro, e, portanto, devemos deixar o Oleiro estar no controle de nossas vidas, para que Ele, ao perceber que não estamos do jeito que Ele queria, possa nos quebrar e fazer tudo de novo, para assim termos impresso em nós a sua marca, sendo feitos conforme o Seu querer.

Você quer ser conforme Deus quer que você seja? Você está disposto a se deixar ser quebrado por Ele? Então deixe o Oleiro estar no controle!

“A PALAVRA do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:

Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.

E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.

Então veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” (Jeremias 18:1-6)