Sou músico, mais precisamente guitarrista, logo, minha veia musical anda muito atrelada ao rock. Como todo adolescente dos anos 90, me amarrava num ritmo musical surgido naquela década que ficou conhecido como New Metal (ou Nu Metal).
Nesse contexto surgiram muitas bandas que obtiveram grande destaque e repercussão mundial. Entretanto, posso destacar uma que, pode-se dizer, foi uma das precursoras do gênero e talvez a maior banda de New Metal de todos os tempos, a banda Korn.
Essa banda sofreu um forte baque no início dos anos 2000, algo que mudou a história daquele grupo para sempre... o guitarrista, Brian Head, converteu-se a Jesus Cristo!
Lembro-me muito bem do dia em que tomei conhecimento de tal fato. Estava em minha sala no trabalho, era final de expediente, mais precisamente naquele horário em que todo servidor público fica desempenhando duas funções primordiais nas suas atribuições à espera do horário de sair: jogando paciência ou navegando pela internet.
Nessas andanças cibernéticas, encontrei o testemunho da conversão de Brian Head e fui muito impactado. Um ponto que me chamou muita atenção foi quando ele narrou a primeira vez que entrou numa igreja evangélica. Ele conta que adentrou a nave da igreja durante o louvor e ficou impressionado com as pessoas cantando com fervor, de olhos fechados e braços erguidos aos céus.
 
E realmente, a cena que ele retrata é algo rotineiro nas congregações mundo a fora. Quando pensamos em adoração ao Senhor logo nos vem à mente a imagem de pessoas com os braços erguidos. Até o site da minha congregação tem, logo na página inicial, uma fotografia tirada durante o louvor em que retrata exatamente essa cena.
Pensando nisso tudo, comecei a me perguntar... porque erguer as mãos?
Tentando chegar à uma resposta me veio à mente algumas imagens...
Imagine uma criança pequena, toda serelepe a brincar com os tios, primos e coleguinhas. Mas basta seu pai chegar que ela prontamente erguer os braços em sua direção e diz em meio a um brilhante sorriso: "Papai!".
Outra situação parecida é quando a criança cai e se machuca. Qual a reação natural dela? Sair desesperada à procura de seu pai, e quando o encontra estende os braços para que ele o pegue no colo.
Quando louvamos ao Senhor estamos é invocando a Sua santa presença. A própria Palavra fala que "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles" (Mateus 18.20). Logo, quando o invocamos Ele se faz presente.
Deus sendo um pai amoroso, como Ele de fato é, espera que sejamos como crianças desesperadas pela presença de seu pai, porque sabe que nos seus braços encontraremos paz, conforto, amor e segurança.
Nós temos a tendência a tornar nossa adoração algo comum... a passar o momento de adoração com os braços cruzados, mãos nos bolsos, ou até sentados como se estivessemos em uma reunião de negócios entendiante.
O Senhor espera de nós uma adoração extravagante, sem limites! Uma entrega total!
Chega de ficarmos presos a um formalismo, a um rito. Precisamos ser desesperados pela presença de Deus! 
Se você se aproximar do Senhor, desesperado pela Sua presença, de braços erguidos clamando "Papai... eis-me aqui!"... tenha certeza, Ele te ouvirá e virá ao seu encontro! Aleluias!
"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus" (Salmo 51:17)
Erga seus braços e entregue-se a Ele!

 

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