25 de abril de 2011

Alçando vôos mais altos

Sempre gostei de viajar, principalmente de avião. Entretanto, viajar de avião não é nada fácil para mim, pois sinto muita dor nos ouvidos devido à pressão do ar. Não tem uma viajem sequer em que eu não sofra com tais dores, e ainda chego meio surdo!

Mas mesmo assim, viajar de avião é prazeroso. Acho que faz parte do imaginário popular o desejo de voar, de romper os limites da gravidade. Que garotinho que nunca quis ser piloto de avião, astronauta ou o superman para poder voar?

Muito se discute sobre a paternidade da aviação, existem aqueles que alegam ser Santos Dumont, bem como os que defendem serem os irmãos Wright. Seja quem for, com certeza foi munido de muita inspiração e paixão pelo sonho de voar que perdurava desde os míticos Dédalo e Ícaro, tornando possível aquilo era apenas imaginação.

Não é muito diferente com a nossa vida...

Há uma força gravitacional chamada "pecado" que aflige a todos nós,  impondo um peso que nos prende às preocupações do mundo, nos afasta de Deus, impedindo-nos de alçar vôos mais altos.

Somente uma vida em santidade que só pode ser alcançada por meio da ação do Espírito Santo em nós, libertos do pecado, é que poderemos voar.

Uma vez ouvi uma história de que havia um grupo de pessoas que estava disputando para ver quem conseguia saltar mais alto até alcançar a lua. O primeiro pulou apenas trinta centímetros, o segundo chegou a cinquenta centímetros, já o terceiro atingiu a marca de um metro e passou a dizer "veja como estou a frente dos demais, pulo o dobro deles!".

Muitas vezes somos assim, ficamos vivendo uma vida medíocre nos comparando com os outros, presos à gravidade do pecado, orgulhosos do nosso "um metro", mas nos esquecendo que ainda faltam quilômetros para atingir a lua.

Porém, em Cristo podemos atingir às alturas mais inimagináveis, com uma autonomia de vôo incalculável!

"Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fadigarão" (Isaías 40.31)
Quantas vezes reclamamos que nossa vida espiritual não evolui ou que nosso ministério não decola, mas saiba que o problema está justamente na força do pecado exercendo sua gravidade. E, se não tomarmos nenhum atitude, o peso do pecado só vai aumentando ao ponto de nos esmagar.

Jesus é a aerodinâmica necessária para que possamos alçar vôo e vivermos acima da mediocridade e chegar a lugares onde jamais imaginamos!

Entregue-se a Jesus e prepare-se para levantar vôo!

25 de março de 2011

Diga não a pirataria

Quem nunca notou andando pelo centro de sua idade vendedores ambulantes de cd's e dvd's piratas? Uma violação pura e cristalina dos direitos autorais, uma ofensa à criatividade e talento dos artistas.

É um mercado paralelo que tem cada vez crescido mais, gerando prejuízos a empresas fonográficas e à sociedade como um todo, pois esse mercado negro gera recursos indiretos à criminalidade.

Nos tempos das navegações, em que passou-se a desbravar os sete mares, o maior inimigo dos mercadores eram os piratas. Nada mais eram do que pilhadores, assaltantes dos mares, que abordavam as embarcações e as saqueavam, por muitas vezes matando a tripulação.

Os piratas modernos nada mais são pessoas que saqueam os pretenços lucros a serem obtidos pelos artistas e empresas do ramo. Campanhas e fiscalizações sempre ocorrem visando coibir tal mercância, entretanto,ao invés de diminuirem, parecem multiplicar!

O pior é que tais produtos possuem uma qualidade infinitamente inferior ao original! E sempre tem um muquirana que prefere optar pelo de menor qualidade apenas por ser mais barato. Uma economia distorcida e imaginária!

Não sei quem é o maior pirata, se aquele que vende ou o que compra tais produtos...

Muitas vezes somos piratas espirituais, nos deixando seduzir pelo baixo custo do pecado ao invés de "gastar" um pouco mais e ficar com a santidade. É muito mais fácil ceder às garras do sexo, da depravação, da mentira, do engano. Com certeza é muito mais complicado manter-se no caminho estreito.

A pirataria espiritual cada dia mais tem invadido nossas igrejas. O mundo nos vende a imagem de que é melhor se deixar levar pela "pexincha" que é o pecado, do que investir em uma vida consagrada ao Senhor.

Precisamos como crentes no Senhor Jesus nos posicionar e dizer um basta às falsas promessas dos piratas do pecado.

"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que à vida, e poucos há que a encontrem". (Mateus7.13,14)

Seja original, viva em santidade e diga não a pirataria!

11 de março de 2011

Ih... caiu a ligação...

Sou do tempo em que os telefones públicos, vulgamente chamados de "orelhões", ainda eram de fichas. Muito distante dos tempos dos telefones com créditos nos cartões.

Nessa época, ter um telefone fixo em sua residência custava caríssimo, era praticamente um bem de família. Para se ter direito a um teria que ficar na lista de espera por meses até ter um à disposição.

Celular então... sequer era possível conceber a possibilidade de sua existência. E lembram-se da época em que surgiram os primeiros "Tijolões"? Como era grandes! Nem se comparam com os atuais modelos.

Mas o fato é que hoje o telefone se tornou algo essencial para nossas atividades, seja o fixo, mas principalmente o celular. Hoje em dia vemos até crianças de seis anos, ou até menos, andando com seus telefones móveis nas escolas.

A grande vantagem que vejo nos telefones celulares é que temos a facilidade de falar com quem quisermos não importa onde ela esteja, desde que dentro da área de cobertura.

No final de semana passado estava indo para o retiro de Carnaval da minha congregação quando meu telefone tocou. Eu vinha falando ao telefone até que na altura do quilômetro quinze começou a falhar a ligação até que "ih... caiu a ligação!", eu disse aturdido, quando me dei conta, havia saído da área de cobertura.

Isso me fez lembrar que é assim nosso relacionamento com Deus...

O caminho de Deus é reto, é perfeito, não possui atalhos. Se fosse possível ver uma foto no Google Earth do caminho de Deus, tenho certeza que veríamos a imagem de uma grande mão cobrindo e abençoando todo o trajeto.

Essa é a área de cobertura de Deus... se saírmos dela, estamos por conta própria. E se andamos por conta própria, é independência e rebeldia, que é a essência do pecado.

Quando vamos nos afastando de Deus, estamos nos aproximando do pecado, saindo da área de cobertura do Senhor. Se fossemos um aparelho celular, aquelas barrinhas de área de serviço estariam diminuindo até o ponto de acabarem e dissermos "Ih... caiu a ligação!"

Não há lugar melhor para estar do que debaixo da mão protetora do Senhor, dentro da sua área de cobertura, no centro da Sua vontade!

Dentro da área de cobertura, nosso canal de comunição com o Senhor está sempre limpo, as barrinhas no máximo e é possível ouvir a Sua voz com nitidez.

Não saia da área de cobertura!

11 de fevereiro de 2011

Vida de Concurseiro

Hoje estava indo almoçar e passei na frente de um renomado curso preparatório para concursos públicos e vi diversos carros estacionados em pleno horário do almoço. Isso me fez lembrar que há apenas um ano atrás eu também estava nesse ritmo frenético de estudos em busca de "um lugar ao sol" no reino dos cargos públicos.

Todo concurseiro que se preze não pode deixar de andar com seu caderno (ou notebook) e um vademecum em um braço, e um copo de café no outro (ai minha gastrite!).

Dizem que um concurseiro está prestes a atingir seu resultado quando começam a aparecer alguns sintomas, como gastrite (pelo excesso de café), problemas na coluna (pela má postura ao estudar), dentre outros.

Uma vez cheguei a estudar doze horas seguidas num único dia! Voltei pra casa "estragado", parecia que tinha jogar dois tempos de 45 minutos de futebol.

Costumo dizer aos meus alunos que quando sai um edital o candidato deve dizer à sua esposa "amor, me esqueça nos próximos meses". Conheço uma pessoa que pediu demissão do emprego e passou um ano inteiro só vendo sua namorada aos domingos por apenas algumas horas, o resultado disso foi que conseguiu passar para Promotor de Justiça.

Ouvi uma vez uma palestra do "Para dos Concursos" William Douglas onde ele diz que concurso é como uma fila, o concurseiro entra no final dela e enquanto estuda permanece nela. Se for disciplinado e permanecer firme em seu propósito chegará na ponto da fila e atingirá seu resultado.

Lembrando de tudo isso me veio à memória uma passagem das Escrituras:

"Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal forma que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível." (1 Coríntios 9.24,25)
Buscar o sucesso profissional é algo saudável, mas nunca podemos perder de foco permanecer no centro da vontade de Deus. Acho deprimente pessoas que, justificando-se em suas buscas profissionais, deixam de lado a sua vida no seio do Corpo de Cristo, parando de viver como Igreja.

Algumas semanas atrás um irmão foi chamado por um dos pastores de minha denominação para ir à frente da congregação para orar em ações de graças pela conclusão de seu curso de medicina, mas antes narrou um pouco de sua jornada que foi de muitas lutas para atingir seu resultado, mas nunca deixou de lado o buscar ao Senhor e permanecer ativo na vida da Igreja.

As pessoas que vivem distante de Deus lutam severamente, sofrem, suam, até atingir seu resultado, sua "coroa", porém, uma coroa corruptível, pois é apenas algo material, pois seu coração está somente nessas coisas. Nós, que servimos ao Senhor Jesus somos diferentes, pois nosso coração está nas coisas do Alto, logo, nossa coroa é incorruptível, a nossa vitória, antes de tudo, é devida e dedicada ao Deus Todo Poderoso que foi quem permitiu tudo.

De uma coisa eu tenho certeza, a minha vitória, assim como a do meu irmão médico, foi muito mais saborosa, pois tivemos a certeza de que foi a vontade de Deus em nossas vidas. Além disso, o sabor especial é que toda a congregação se alegrou conosco, pois permanecemos inseridos no seio da Igreja, vivendo como Corpo. Recebemos a nossa "coroa" e ela é incorruptível!

Lute, busque seus objetivos, mas nunca perca o Senhor de vista, nem se afaste da vida de sua Igreja. Busque a sua coroa!

24 de janeiro de 2011

Erguer os braços

Sou músico, mais precisamente guitarrista, logo, minha veia musical anda muito atrelada ao rock. Como todo adolescente dos anos 90, me amarrava num ritmo musical surgido naquela década que ficou conhecido como New Metal (ou Nu Metal).

Nesse contexto surgiram muitas bandas que obtiveram grande destaque e repercussão mundial. Entretanto, posso destacar uma que, pode-se dizer, foi uma das precursoras do gênero e talvez a maior banda de New Metal de todos os tempos, a banda Korn.

Essa banda sofreu um forte baque no início dos anos 2000, algo que mudou a história daquele grupo para sempre... o guitarrista, Brian Head, converteu-se a Jesus Cristo!

Lembro-me muito bem do dia em que tomei conhecimento de tal fato. Estava em minha sala no trabalho, era final de expediente, mais precisamente naquele horário em que todo servidor público fica desempenhando duas funções primordiais nas suas atribuições à espera do horário de sair: jogando paciência ou navegando pela internet.

Nessas andanças cibernéticas, encontrei o testemunho da conversão de Brian Head e fui muito impactado. Um ponto que me chamou muita atenção foi quando ele narrou a primeira vez que entrou numa igreja evangélica. Ele conta que adentrou a nave da igreja durante o louvor e ficou impressionado com as pessoas cantando com fervor, de olhos fechados e braços erguidos aos céus.
 
E realmente, a cena que ele retrata é algo rotineiro nas congregações mundo a fora. Quando pensamos em adoração ao Senhor logo nos vem à mente a imagem de pessoas com os braços erguidos. Até o site da minha congregação tem, logo na página inicial, uma fotografia tirada durante o louvor em que retrata exatamente essa cena.

Pensando nisso tudo, comecei a me perguntar... porque erguer as mãos?

Tentando chegar à uma resposta me veio à mente algumas imagens...

Imagine uma criança pequena, toda serelepe a brincar com os tios, primos e coleguinhas. Mas basta seu pai chegar que ela prontamente erguer os braços em sua direção e diz em meio a um brilhante sorriso: "Papai!".

Outra situação parecida é quando a criança cai e se machuca. Qual a reação natural dela? Sair desesperada à procura de seu pai, e quando o encontra estende os braços para que ele o pegue no colo.

Quando louvamos ao Senhor estamos é invocando a Sua santa presença. A própria Palavra fala que "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles" (Mateus 18.20). Logo, quando o invocamos Ele se faz presente.

Deus sendo um pai amoroso, como Ele de fato é, espera que sejamos como crianças desesperadas pela presença de seu pai, porque sabe que nos seus braços encontraremos paz, conforto, amor e segurança.

Nós temos a tendência a tornar nossa adoração algo comum... a passar o momento de adoração com os braços cruzados, mãos nos bolsos, ou até sentados como se estivessemos em uma reunião de negócios entendiante.

O Senhor espera de nós uma adoração extravagante, sem limites! Uma entrega total!

Chega de ficarmos presos a um formalismo, a um rito. Precisamos ser desesperados pela presença de Deus!

Se você se aproximar do Senhor, desesperado pela Sua presença, de braços erguidos clamando "Papai... eis-me aqui!"... tenha certeza, Ele te ouvirá e virá ao seu encontro! Aleluias!

"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus" (Salmo 51:17)

Erga seus braços e entregue-se a Ele!

12 de janeiro de 2011

Um simples boa noite


Um hábito que adquiri ainda criança foi o de dar "boa noite" aos meus pais antes de dormir. Ficava no meu quarto brincando, fazendo o dever de casa ou então assistindo televisão até dar sono. Nesse momento trocava de roupa, escovava os dentes e ia ao encontro de meus pai dar-lhes boa noite.

Também fui ensinado de que Deus é uma pessoa. Um amigo especial, e que poderia falar com Ele como falava com meus amiguinhos de escola. Assim, após me despedir de meus pais, deitava na cama, fechava os olhos e falava "Boa noite Senhor, até amanhã".

Tal hábito tenho até hoje, todos as noites dessas quase três décadas de existência repito essa frase antes de dormir, não por religiosidade, mas para lembrar a mim mesmo e ao Senhor de que sei que Ele está ali e do quanto é importante para mim me despedir dele antes de dormir.

Uma madrugada dessas estava trabalhando quando me deparei com uma senhora que havia acabado de ser assaltada logo após sair do ônibus enquanto estava a caminho de sua casa. Ao conversar com ela, em meio ao pranto, me disse: "o que mais me entristece é que sempre chego em casa muito tarde e não encontro meu filho acordado, e justamente hoje eu chegaria mais cedo".

Aquilo me tocou profundamente... O que mais afligia aquela mulher não era ter tido sua vida exposta à risco ao ser rendida por um viciado com uma faca em punho, mas sim não ter conseguido chegar a tempo de dar um beijo de boa noite em seu filho.

Quantas vezes nos importamos mais com as coisas do que com as pessoas? Quantas vezes investimos nossas forças em conquistar o mundo, mas não investimos tempo com as pessoas que amamos?

É muito comum darmos todo nosso tempo útil ao trabalho, estudos, exercícios, etc., mas não damos tempo de qualidade aos nossos amados. E pior ainda, acabamos não dando tempo ao Amado de nossas almas!

Após um dia exaustivo, chegamos em casa, trocamos de roupa, comemos alguma coisa diante da televisão, vamos pegando no sono e quando menos esperamos já dormimos. E ai, demos ao menos boa noite ao Senhor?

Voltando à história daquela vítima do assalto, logo após atendê-la fiquei pensando muito a respeito...

Dar boa noite pode parecer algo insignificante, mera formalidade. Porém, é de profundo significado para ambos os envolvidos. É um momento singelo de intimidade profunda, onde a criança se sente amada, com aquela peculiar sensação de que poderá dormir tranquila, pois há alguém ali para lhe proteger de qualquer mal. Já para os pais, a sensação é exatamente a contramão desse sentimento, é saber que seu filho está seguro, confortável e que confia neles.

O que motivava aquela mãe não era dinheiro, não era sua própria integridade física, mas sim o amor por seu filho. Era o anseio em vê-lo e saber que ele estaria em segurança, era poder chegar a beira de sua cama, dar-lhe um beijo no rosto e dar um simples "boa noite".

Isso logo me fez lembrar do amor de Deus por nós, conforme nos fala na Sua Palavra:
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho único para que todo aquele que Nele crer não pereça mas tenha a vida eterna" (João 3:16)
Meu Deus, que amor é esse?! Ele deu seu próprio filho por nós! E sabem o que O motivou? Assim como aquela mãe, o que motivou e ainda motiva o Senhor é o amor Dele por seus filhos que somos nós!

Deus nos ama imensamente e Ele quer se relacionar pessoalmente conosco. Assim como aquela mãe que ansiava por ver seu filho e dar-lhe boa noite, o Senhor anseia por momentos iguais de profunda intimidade conosco.

Dediquemos ao Senhor tempo de qualidade, orando, meditando na Sua Palavra, adorando-o de todo coração.


Para tornar o Senhor nosso melhor amigo não precisamos de esforços sobrenaturais, basta que permitamos que Ele faça parte do nosso dias, começando com gestos pequenos, como um simples "boa noite"...

8 de janeiro de 2011

Os caçadores da sinceridade perdida


Como um bom cinéfilo, não poderia deixar de ser fã dos filmes do Indiana Jones. Aposto que não há uma pessoa que passou sua infância nos anos 80 e não tem um sentimento nostálgico quando ouve aquela música tema. Quando assisti ao quarto filme, lançado quase vinte anos após o terceiro, parecia que eu tinha oito anos novamente.

Indiana Jones nada mais era que um professor de arqueologia, ou seja, um cientista que estudava as culturas e povos antigos a partir da análise de vestígios materiais. Talvez por isso, em razão de ser filho de pais formados em História, eu tenha essa apreciação maior pelas aventuras desse personagem.

Quando assistimos algum documentário na televisão sobre arqueologia, vemos logo fósseis, escavações, ruínas de cidades, e também vasos... sim, isso mesmo, vasos... aqueles recipientes feitos de barro que serviam para guardar líquidos, em especial, água. Através do estudo dos vasos, os arqueólogos podem compreender costumes, arte, cultura, enfim, o modo de viver dos povos antigos.

Uma curiosidade acerca do vasos é que, na antiguidade, quando eram colocados a venda nos mercados, os comerciantes sempre tinham dificuldade em vender alguns vasos com rachaduras. Tais imperfeições eram decorrentes de um mau preparo do barro ou de não terem sido tomados os cuidados devidos quando ia ao forno.

Como todas as coisas eram bem precárias naquela época, o oleiro, para evitar prejuízo, preenchia as fendas das rachaduras com cera. Dessa forma, quem olhasse desatentamente acreditava que tal vaso estava perfeito e acabava comprando-o. Em razão disso, os compradores mais atentos tinham o hábito de, antes de comprar o vaso, erguê-lo contra o sol, pois com o reflexo do sol as rachaduras seriam expostas, apesar da cera. Daí que dizem surgir a origem da palavra "sinceridade", ou seja, ser "sem cera".

Muitas vezes somos vasos rachados, cheios de pecados. Inumeras vezes incorremos no erro de, ao invés de tratarmos os "pecados" como "pecados", resolvemos tratá-los como "problemas" e passamos cera nas rachaduras para que ninguém perceba. Acamos não sendo sinceros com Deus, com o próximo, e muito menos conosco.

Pois é... dessa forma somos muito bonitinhos para as pessoas, passamos a imagem de "O perfeito", "O modelo", mas na verdade, por dentro, estamos podres e mortos. Nesse sentido Jesus já disse:

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia."
(Mateus 23:27)


Não adianta se esconder atrás de títulos, cargos ou aparências, pois:

"(...) nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se."
(Mateus 10:26)


O que Deus quer é que sejamos transparentes, sinceros perante Ele. O Senhor nos ama do jeito que somos, com nossos erros e imperfeições. E nos ama de tanto que não quer que a cada dia sejamos libertos do pecado, pois sendo vasos rachados, não podemos reter a água viva que o Senhor quer derramar em nossas vidas e nunca seremos cheios do Espírito Santo.

Na Bíblia temos uma dica para resolver isso:


"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar dos pecados e nos purificar de toda a injustiça" (1 João 1:9).


Dispa-se das máscaras, seja sincero, permita que o Senhor te transforme.

Tire a cera!