Medo do escuro

Como a maioria das crianças, eu tinha muito medo do escuro.

Meu quarto ficava no final de um corredor comprido, e minha cama ficava de frente para esta porta. Às vezes acordava no meio da madrugada com vontade de ir ao banheiro e de beber água, porém, ao observar aquele "imenso" corredor sombrio desistia do meu intento e ficava segurando até o dia amanhecer para, enfim, conseguir saciar as minhas necessidades.

Eu não sabia o que me dava mais medo, se era o escuro ou a possibilidade de existir algum "bicho papão" escondido em meio à escuridão. A criatividade infantil é ilimitada, a ponto de criarmos personagens e monstros inimagináveis para um adulto.

À medida em que o tempo ia passando, fui criando mais coragem, até que comecei a conseguir ir ao banheiro de madrugada, uma vez que era logo no início do corredor. Também, com 5 anos de idade, já estava cansado de passar vergonha fazendo xixi na cama.

Apesar dessa grande vitória, ainda não tinha criado forças o suficiente para conseguir ir até a outra extremidade do corredor, onde ficava a cozinha. Por mais sede que eu tivesse não conseguia superar meu medo de atravessar aquele corredor e conseguir saciar a vontade de beber água.

Lembrando desses fatos de minha infância pude constatar que muito se assemelha a nossa vida espiritual. Quantas vezes nós ficamos com medo de conhecer o sobrenatural de Deus?

Eu praticamente nasci na Igreja, porém, já estava com vários anos de convertido e o máximo que conseguia era "ir ao banheiro", onde conseguia satisfazer uma das minhas necessidades vitais. Conhecia muito da Palavra de Deus, sabia todos os conceitos teológicos sobre os mais variados temas, inclusive era considerado uma referência em tais conhecimentos, porém, não era o suficiente. Era preciso mais, era preciso saciar a sede! Precisava conhecer as profundezas de Deus.

Nesse início do corredor até tinha água, mas não era uma água limpa o suficiente para beber. Se eu quisesse beber água deveria ir mais afunda, deveria avançar por aquele corredor que é a vida espiritual.

Quanto mais conhecermos ao Senhor, mais buscaremos a Sua face, mais avançaremos nesse corredor e, somente então, conseguiremos saciar nossa sede das águas que vêm do trono de Deus.

"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra." (Oséias 6:3)

"Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." (João 4:14)

Tem muita gente que morre de medo do sobrenatural do Senhor. Têm "medo do escuro" e, como crianças, temem o "bicho papão". Esse bicho papã pode ser medo de enfrentar o diabo (esquecendo que Deus nos deu autoridade), medo de "cair na unção" (esquecendo que o Espírito Santo foi derramado sobre nossas vidas), medo de orar (achando que Deus não irá responder), enfim... criam diversos bloqueios para prosseguir no corredor.

O primeiro passo, e talvez o mais importante, para prosseguir nesse corredor é perder o medo. Quando criança eu venci o medo pedindo para meu pai me acompanhar até a cozinha. E é assim que nós devemos vencer esse medo espiritual, andando com o Senhor, se aproximando Dele. Se você realmente ama ao Senhor, confiará Nele o suficiente para juntos avançarem nesse corredor e descobrir que não há nenhum bicho papão.

"No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medoporque o medo tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor." (I João 4:18)

Quanto mais sede você tiver, mais irá querer se arriscar e explorar o desconhecido, o profundo e secreto de Deus, irá querer enfrentar os corredores que parecem ser longos e escuros da vida, mas que na verdade são apenas um filtro para saber quem são aqueles que verdadeiramente querem mergulhar nas águas profundas de Deus.

Busque cada vez mais do Senhor e não tenha medo, somente assim você conseguirá ter uma vida plena e cheia do Espírito Santo, sem medos, sem barreiras.

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (João 4:23)

Uma nova perspectiva de prosperidade

Quando somos crianças, por crescermos num mundo capitalista, somos levados a crer em algumas coisas. Lembro-me que meu pai sempre me instruiu a estudar para poder "ser alguém na vida". Com isso, como a maioria das pessoas, cresci acreditando que somente "seria alguém" se tivesse dinheiro.

O meu conceito de prosperidade foi intimamente traçado confundindo-se com o conceito de sucesso profissional e, consequentemente, abastancia financeira. Para mim, bem sucedido eram os magistrados, os médicos, os "fenômenos" do futebol, os grandes empresários... enfim, toda e qualquer pessoa com muita grana no bolso. Tanto que esse foi um dos motivos que me condicionou a escolher o campo profissional que segui ao decidir qual curso superior cursar.

A pompa e o estrelismo do campo jurídico sempre me foram tentadores. Em decorrência de meu avô ser alguém renomado nessa área, constantemente via homens bens trajados de terno e gravata, com um ar de superioridade, cheios de bajuladores a sua volta. Eu via tais figuras e queria ser igual.

O tempo passou e com a graça do bom Deus me graduei "doutor"... e meus conceitos mudaram.

Recentemente fui a uma formatura de Direito e vi aqueles formandos cheios de sonhos de fortuna, seja por serem advogados renomados, seja por passarem em concursos que ganhem vultuosos salários. Nessa formatura me lembrei de algo que vi uma vez lendo a Palavra de Deus...

"e o senhor de José o tomou e o lançou no cárcere... o Senhor porém era com José , e lhe foi benigno, e lhe deu mercê perante o carcereiro; o qual confiou às mãos de José todos os presos que estavam no cárcere; e ele fazia tudo quanto se devia fazer ali. E nenhum cuidado tinha o carcereiro de todas as coiasa que estavam nas mãos de José, porquanto o Senhor era com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava." (Gn 39:20-23)

Demorei anos para entender essa passagem. Como alguém pode ser próspero sendo preso?

Finalmente entendi... ser próspero não é ser abastado de riquezas materiais, mas sim ser bem sucedido em tudo o que fizer. E ser bem sucedido, mais uma vez, não é ser cheio da grana, mas sim fazer aquilo que Deus mandou, da forma que Ele mandou, buscando exaltá-lO e glorificá-lO em tudo o quanto fizer.

Eu poderia passar horas divagando sobre esse assunto, mas, em suma...

Ser bem sucedido é fazer a vontade do Pai... ser próspero é fazer as coisas tendo a certeza de que está sendo aprovado por Deus em tudo o quanto fizer.

Dedo na tomada

Tenho um irmão dez anos mais novo do que eu. O menino é a minha cara, não somente na aparência física, mas em fazer "arte".

Quando ele começou a engatinhar minha mãe comprou alguns objetos de plático que tinha por objetivo tapar as tomadas para que o caçula da família não colocasse seus dedinhos ali, evitando que tomasse um baita choque.

Foi necessária essa medida, pois é incrível como criança sempre coloca o dedo na tomada. Parece que tem um imã que as atrai para ali.

Tomada é algo interessante. Já repararam que sempre que precisamos de uma não a temos disponível? Ou não tem uma por perto, ou a que tem está ocupada e não se tem um "T" (ou "benjamin").

Alguns dias atrás estava em uma cidade onde a energia padrão é 220v, enquanto que na minha cidade é 110v. Fui tentar ligar minha máquina e cortar cabelo e tomei um susto, o bendito aparelho parecia que tinha vida própria, começou a tremer desesperadamente e a fazer um barulho imenso. Desliguei e tive que procurar um barbeiro.

Muitas vezes queremos algo que não estamos prontos para administrar. Queremos 220v, mas somente damos conta de 110v. É da natureza humana essa ansiedade exagerada, de querer as coisas ao seu modo e tempo.

Quantas vezes isso não ocorre com a gente? Quantas vezes depois paramos para analisar e percebemos que se tivessemos tido paciência e esperado mais as teríamos agido de forma diferente?

Numa caçada, você tem saber a hora de agir, caso contrário afasta sua presa. A serpente, em sua astúcia, fica ali, paradinha, só esperando o momento apropriado para dar o bote. Paciência essa que deve ser copiada por nós para não darmos "botes falsos".

O desespero pode nos levar a "colocar o dedo na tomada"!

Por isso, definitivamente... esperar em Deus é a solução! Caso contrário... o choque é grande!

"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças". (Filipenses 4:6)

Um mapa e uma bússola

Desde garotinho pratiquei os mais variados tipos de esportes. Já pratiquei do xadrez ao rapel, do jiu-jitsu à dança de salão (se é que se pode chamar de esporte). Porém, dentre as mais variadas modalidades esportivas que já pratiquei a que mais me chamou atenção foi a Orientação.

Já ouviram falar desse esporte?

É uma modalidade esportiva de origem nórdica que utiliza a própria natureza como campo de jogo. O praticante tem que passar por determinados pontos no menor tempo possível, utilizando-se para isso tão somente de um mapa e uma bússola.

Esse esporte se disingue dos demais, pois o participante, com base nas coordenadas do mapa, escolhe o caminho a seguir, fazendo uma integração de preparo físico e intelectual.

Na vez que participei de uma competição deste esporte lembro-me que no início tivemos muita dificuldade para descobrir aonde ir. Líamos o mapa e tentávamos nos guiar pela bússola, mas não conseguíamos encontrar a direção. Depois de algum tempo, à medida que íamos criando intimidade com os intrumentos, descobrimos como encontrar os pontos e com isso acabamos ganhando a competição.

Isso me lembra quando eu era criança. Cresci estudando em colégios de forte educação religiosa, onde tínhamos a disciplina de Ensino Religioso. Não suportava fazer aqueles trabalhos em que tinha que pegar um livro grande de capa dura na cor verde que ficava na sala da minha casa e que tinha escrito na sua capa "Bíblia Sagrada".

Fazia trabalhos em que tinha que ler longos textos que eu achava extremamente chatos e entediantes. Mal sabia eu que alguns anos depois esse se tornaria meu livro favorito.

Muitas pessoas se questionam sobre diversas coisas na vida... dúvidas, medos... enfim, não sabem que direção tomar. E é incrível como Deus deixou tudo pra nós prontinho... um livro completo, que é ao mesmo tempo um conjunto de regras, dados históricos, padrões de conduta, poemas, músicas, histórias épicas, sagas de heróis, enfim, um manual completo de instruções!

Esse livro é a Bíblia...

Ela é como um mapa, nos dá todas as informações que precisamos para nossa vida. Porém, é algo que não pode se utilizar sozinho... é necessário uma bússola, ou seja, algo para ajudar a chegar nos pontos do mapa, para encontrar o caminho correto.

E Deus também preparou essa bússola para nós, que é o seu Espírito Santo. Pronto!

Basta utilizarmos esses dois instrumentos que Deus deixou a nossa disposição e não haverá situação alguma que não seja fácil de resolver.

Tenha sempre o mapa e a bússola à mão!

"Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração". (Hebreus 4:12)

Turbulência

Se tem uma coisa que me deixa bem tenso é viajar de avião.

Apesar de gostar muito de viajar de avião, fico angustiado quando passamos por dentro de alguma nuvem carregada causando a temida turbulência.

Minha reação é sempre a mesma... me ajusto à poltrona, me seguro firme nela, os cinco sentidos ficam alerta, mas sempre tentando disfarçar o nervosismo para não fazer feio. Já pensou um marmanjão barbado que nem eu posando de medroso! Jamais pagaria esse mico! Rsrsrs...

Nesse momento mil coisas passam pela minha cabeça, principalmente porque tento desviar meus pensamentos daquela situação e me apegar àquilo que farei quando chegar ao destino do meu vôo. Quando faço isso, naturalmente, a tensão passa e com ela o medo e a insegurança. Em poucos minutos, sem eu perceber, aquela temida nuvem que trouxe a turbulência ficou para trás.

Muitas vezes encaramos turbulências das mais diversas. São nuvens carregadas de problemas e dificuldades que logo nos amedrontam e deixam demasiadamente preocupados.

É sempre bom lembrar que quando nos deparamos com uma turbulência não há nada que possamos fazer para desviar o vôo dela, afinal de contas, não somos o piloto do avião. Se alguém entrar feito um louco na cabine de comando vai causar uma grande tragédia, uma vez que não saberá como controlar o avião.

Para enfrentar essa nuvem carregada a primeira coisa a fazer é confiar no piloto, somente se você confia nele poderá relaxar.

Eu conheço um piloto que é tão bom, mas tão bom que se ele está no controle, não há o que temer. O cara e um piloto nato, sabe controlar a aeronave de tal forma que a pior das turbulências não fazem com que ele sequer se assuste.

Sabem quem é ele? É Jesus!

"Entregue os seus caminhos ao Senhor, confia Nele que o mais Ele fará" (Salmo 37:5)

Por pior que seja a tempestade, confie em Jesus, dê a Ele o controle que com certeza você não se decepcionará. A viagem, que é a nossa vida, será a mais suave possível, não importa a circunstância.

Se você já entregou o controle da sua vida à Jesus, fique tranqüilo.... sente-se à janela e curta a viagem!

"O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito." (João 3:8)

A árvore do vizinho

Quando eu era criança morava em uma casa que tinha um quintal bem amplo, onde eu corria e brincava muito.

Tinha um monte de areia de uma reforma que nunca foi adiante, onde eu me sentia o arqueólogo escavando em busca de ovos de lagartixa. Além disso, havia um pedaço do muro onde caiam ramos de um pé de maracujá que vinham do terreno do vizinho.

Por ser uma planta do tipo trepadeira, ela se espalhava por nosso muro e sempre, em determinada época do ano, víamos os maracujás nascendo e amadurecendo.

Quando eu tinha uns nove anos de idade, nos mudamos para um condomínio residencial onde tínhamos um quintal não tão grande, mas que tinha algumas plantas interessantes.

Tínhamos uma mangueira e um limoeiro. A mangueira começou a crescer os galhos para o lado errado, indo em direção ao telhado casa, com isso quebrava muitas telhas. Já o limoeiro só deu limão uma única vez, e pensa num negócio azedo demais da conta! Daí já viu né... tiveram que ser arrancados dali.

Agora algo curioso era uma árvora grande e frondosa que ficava no terreno do vizinho. Esta árvore tinha o tronco bem largo, raízes bem pronfundas e dava umas frutas que pareciam azeitonas roxas. Não me recordo o nome dessa árvore, mas recordo-me bem de que sua copa era tão grande que seus galhos avançavam para o nosso quintal e, em época de dar frutos, nosso quintal ficava cheio dessas "azeitonas" de tal forma que ficava uma espécie de tapete com tantas que se espalhavam pelo chão.

Assim como essa árvore frondosa, devemos dar frutos a todo tempo e em forma abundante! Caso contrário, seremos cortados fora.

"Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim e eu nele este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem." (João 15:5,6)

Não podemos nos contentar em apenas faz uma "boa ação" ou dar uma ajudinha a alguém, mas sim produzir abundantemente, espalhar por todos os lados, "invadir" os terrenos com nossos galhos e dar frutos de tal forma que quem olhe fale "caramba, não dá pra acreditar que essa árvore dá tanto fruto!"

"...para que possais andas dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus...." (Colossenses 1:10)

Tenha raízes sólidas em Cristo, que com certeza você frutificará em toda boa obra.

Onde está Wally?

Você se lembra do Wally? Ou melhor, do "onde está Wally"?

Era um livro voltado ao público infanto-juvenil e que percorreu os corredores de escola do mundo inteiro nos anos 80 e início dos anos 90. Como não podia ser diferente, eu também me divertia passando os preciosos minutos do recreio com mais diversos colegas ao redor do livro procurando o bendito Wally.

Às vezes era fácil de identificá-lo, mas, à medida que as páginas eram viradas, mais difícil se tornava encontrar aquele simpático personagem de camisa listrada em vermelho e branco, gorro e óculos.

Era incrível como o autor do livro conseguia misturar o Wally em meio à multidão. A uma primeira vista não se percebia a sua presença, cheguei muitas vezes a achar que o livro estava "com defeito", mas não estava, bastava olhar com calma que se encontraria o personagem. E uma vez localizado, toda vez que passasse por aquela página facilmente o encontraria novamente.

Isso me lembra uma história...

Houve um rapaz que vivia nas altas camadas da sociedade. Freqüentava os melhores restaurantes, conhecia as altas autoridades, se fosse na Inglaterra aposto que jogaria cricket com o príncipe William, ou nos Estados Unidos iria à final da NBA com o Barack Obama. Enfim, o cara era considerado "pra dedél", importante mesmo.

Mas nem sempre foi assim. Antes, ele era presidiário, tendo sido preso só porque era de um país diferente (sabe como é essas questões de imigração, problemas de passaporte, etc...). Durante seu tempo de reclusão, enquanto encontrava-se recolhido lá no Bangu 8, o agente penitenciário diretor de segurança do presídio chegou para ele e disse: "o bandeco é esse mano, ou você come ou fica com fome, vai ter que se ajustar ao esquema daqui!".

Mas o nosso protagonista, de nome Daniel (não era o Daniel Sam do Karatê Kid, mas era tão determinado quanto ele), chamou três manos dele que estavam na mesma condição que a sua e disse: "mermão, nosso negócio é outro, nós curtimos outra parada". O agente penitenciário logo respondeu: "ih, já vi que vocês vão me dar problemas". Daniel, sensatamente disse "não é bem assim, apenas gostamos de fazer aquilo que vai agradar o nosso Deus!"

Como em todo sistema penitenciário, a pessoa ter uma crença já ganha um certo respeito, logo o carcereiro perguntou como podia ajudá-lo e Daniel disse "deixe-nos jejuar por dez dias". A muito custo, o carcereiro, mesmo temendo represália de seu diretor, aceitou.

Dez dias se passaram e Daniel e seus amigos estavam muito melhores que os demais detentos. Se destacaram tanto que o juiz das execuções penais os chamaram para ser seus assessores. Daí em diante Daniel não parou mais e, após uma série de fatos, acabou se tornando presidente do Conselho da República, sendo aquele responsável por aconselhar o Presidente da República. Tudo isso aconteceu porque Daniel fez a diferença.

Ele foi um Wally perdido em meio a muitos, que mesmo parecendo que ia passar desapercebido Deus o colocou em posição de destaque, tão somente porque ele foi fiel.

Temos que tirar da mente aquela imagem bem caricatural de evangélico: uma pessoa de roupas de linho surrado, mulheres com saias nos tornozelos e a axila e pernas cabeludas, Bíblia debaixo do braço e um semblante triste. Enfim, uma imagem bem bizarra que é incutida no imaginário popular, hoje nem tanto, mas nos meus tempos de infância com certeza.

Ser cristão é ser diferente e se destacar por isso, ser a referência de Cristo para as pessoas. É ser quem o Wally, que estando em meio à multidão não deixou de ser quem era, não se contaminando com o mundo e sempre se destacando por ser um servo fiel do Senhor.

Vamos ser uma nova geração de Wally's?

"E Daniel decidiu firmemente em seu coração não se contaminar com as finas iguarias do rei..." (Daniel 1:8)

Eu fiz o meu melhor

No período entre 1999 e 2001, equivalente ao meu ensino médio, joguei handebol pela escola que estudava. Foi um período do qual guardo agradáveis recordações da minha adolescência.

Não eramos grandes jogadores, apenas um ou dois tinham um talento um pouco acima da média. A nossa média de altura era baixa para o esporte e os jogadores não possuíam o biotipo físico ideal para o esporte. Ou seja, quem olhava para nós não via qualquer possibilidade de termos algum sucesso naquela modalidade esportiva.

O fato é que tínhamos algo em especial: paixão!

Todos eramos apaixonados pelo esporte e tinhamos um técnico que nos motivava a isso, a ver além do que nossos olhos podiam ver. O professor Prego (sim esse era o apelido que o técnico se intitulava) era nosso grande amigo e motivador, muitas vezes estavamos desanimados, mas cada um dava o melhor de si para retribuir todo o esforço e cuidado que ele despendia conosco.

Não conquistamos grandes títulos, mas obtivemos ótimos resultados para um colégio que não tinha tradição no esporte, tradição esta que iniciou na minha geração e perpertuou até os dias atuais.

Dentre muitas lembranças dessa época, lembro-me em especial de um jogo, semifinal do campeonato estadual de 2000. Estavamos prestes a entrar para a história do colégio, pois seríamos o primeiro time de handebol a chegar a uma final do campeonato estadual.

Ginásio cheio, pessoas gritando o nosso nome, nossa torcida em peso. O outro time veio do interior, não possuía a mesma torcida, mas estava cheio de gás. Iniciada a partida foi emoção do início ao fim, partida disputada gol a gol. Poré, no fim, perdermos o jogo por um placar bem apertado.

À medida que eu saía da quadra olhava para os lados e via alguns dos meus parceiros de equipe chorando, outros irados querendo brigar, e mais alguns em completo silêncio sem saber como reagir (eu era um desses).

Logo me lembrei que nem tudo estava perdido. No dia seguinte havia a disputa pelo terceiro lugar, ainda tinhamos chance de sermos os primeiros medalhistas da nossa escola.

No seguinte, no horário marcado, eu cheguei ao ginásio para aquele que seria o último jogo da temporada. O ginásio era menor, pouca torcida, já que naquele mesmo momento estava acontecendo a grande final no ginásio principal da cidade, e é óbvio que a maior parte da torcida foi assistir tal jogo. Enfim, não era a mesma emoção de antes. Mas eu de fato queria ganhar aquela medalha e honrar meu técnico e meus colegas. O problema é que alguns de nossos companheiros de equipe demonstraram que não era tão companheiros assim, pois fizeram pouco caso daquela partida e simplesmente não compareceram ao ginásio. Para eles somente o primeiro lugar importava. Jogamos apenas tendo dois reservas no banco, com isso, somado à sensação de quebra daquela união que tanto nos fortalecia em quadra, o resultado não podia ser outro. Perdemos aquela partida, mesmo sendo para um time que já havíamos ganhado anteriormente, e ficamos em 4º lugar.

Sai de quadra irado, jogando a culpa para meus colegas que haviam faltado. Mas meu técnico nos chamou no banco, e acalmou a todos dizendo mais ou menos assim: "vocês lutaram até o fim, deram o melhor de si e por isso tenho orgulhoso de vocês! Ano que vem tentaremos novamente".

Aquelas palavras me acalmaram, e logo uma certeza me veio ao coração: "eu fiz o meu melhor!"

Diante das coisas ruins da vida nós podemos ter duas atitudes: ser inflexíveis e desistir ou sermos flexíveis e aprendermos com as derrotas. Se lutarmos até o fim, mesmo que não consigamos num primeiro momento, basta permanecer firmes e aprender com a derrota, pois um dia a vitória chega.

Jesus já disse que é necessário ser um odre novo para comportar o vinho novo, pois o odre novo é flexível e se amolda à pressão exercida pela fermentação do vinho. Se o odre for velho, logo se rompera diante da pressão.

"Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos." (Marcos 2:22)

O Senhor nos dá as adversidades para que sejamos aperfeiçoados e sejamos moldados à imagem de Cristo com as pressões sofridas. Para isso precisamos renovar todos os dias nossa fé e esperança em Jesus para que sejamos sempre odre novo, pois somente assim receberemos as bênçãos do vinho novo do Senhor.

Como você se porta diante das adversidades? Lembre-se que sempre há um novo campeonato, e com ele uma nova oportunidade de vencer!

Em meio a crise mundial, vamos falar de investimentos

Em todos os noticiários só se vê um assunto : "crise mundial". A economia norte americana entranto em colapso e, consequentemente, a economia mundial também. É um verdadeiro inferno nas bolsas mundiais. O medo aflora em todos os países.

Quando eu era criança, em meados dos anos 80, lembro que a inflação era algo absurdo em nosso país. Íamos ao supermercado e não haviam diversos produtos, a carne estava com preços exorbitantes. Se num dia você comprasse um quilo de arroz, amanhã, pelo mesmo preço, você não compraria nem meio quilo. Era uma insegurança total.

Pior ainda aconteceu quando, no início dos anos 90, foram sequestrados todos os valores depositados em cadernetas de poupança, naquilo que ficou conhecido como Plano Collor. Muitos brasileiros, inclusive meu pai, perderam dinheiro nisso.

Aqui em Goiás houve um caso muito parecido, uma empresa chamada Avestruz Master. As pessoas investiam altas somas em dinheiro e, depois de alguns meses, recebiam muitas vezes mais que o capital investido. Parecia uma fábrica de dinheiro. A coisa virou mania e muitos passaram a investir tudo o que tinham nisso. Resultado... após algum tempo, os donos da empresa sumiram, levando consigo cifras milionárias,e deixando para trás muitos pais de família sem ter onde morar ou o que comer, pois haviam investido tudo o que tinham nisso.

Conheço um rapaz que a alguns anos atrás estava muito bem de vida: família, carro, casa, emprego estável, enfim, tudo estava "bão" como os goianos dizem. Porém, começou a se debandiar em noitadas com outras mulheres e cada vez ia se envolvendo mais nesse submundo. Após algum tempo assim, sua mulher não mais aguentou e o deixou, levando consigo seu único filho.

Daí que meu amigo se afundou. Mais noitadas, queimando dinheiro às pampas, e nisso foram seu carro, sua casa e até seu emprego estava ameaçado. Tudo estava indo por água a baixo.

Até que esse meu amigo ouviu falar de um novo fundo de investimentos. Na verdadade, era novo para ele, mas já existia a muito tempo. Era rentabilidade garantida, muito melhor que qualquer um desses planos oferecidos pelos bancos e financeiras. Não havia corretor de ações que pudesse cobrir essa oferta que lhe era feita!

E negócio era algo fantástico, pois não precisava de investimentos muito altos, pelo contrário, algo bem pequeno, mas era tudo o que meu amigo ainda tinha. Enfim, meu amigo descidiu entrar de cabeça nisso e investiu tudo o que ainda tinha.

E não é que funcionou! O retorno de fato veio. Recuperou tudo e com sobras! Dois carro, uma casa quitada, teve sua esposa e filho de volta.

Perguntei dele qual foi esse investimento tão maravilhoso que ele havia feito. E a resposta veio: "depositei a minha fé em Jesus Cristo!".

A única coisa que ele ainda tinha era a sua fé, e ele a depois em Jesus, o melhor fundo de investimentos que existe onde a rentabilidade não se mede em cifras de dinheiro, mas sim em bênçãos espirituais que possuem muito mais valor.

Seja um investidor também!

"Não ajunteis tesouro na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver vosso tesouro, aí estará também vosso coração." (Mateus 6:19-21)

Estratégia de Marketing

Gosto muito de ver os comerciais da televisão, tanto que passo horas (normalmente quando o sono não vem) assistindo o Shop Tour (canal somente de anúncios de lojas e empresas).

Algum tempo atrás, eu fiz um curso de vendas, onde aprendi a pensar como um vendedor e ver a propaganda por outra ótica. Passei a achar muito interessante observar essas estratégias para alcançar o público. Quando voltados para o público infantil, utilizam muitas crianças bonitas utilizando o produto, até porque quem vai comprar são os pais, então é lógico que eles querem que seus filhos sejam mais uma daquelas crianças bonitinhas. Quando o público alvo são homens, exploram a sensualidade da mulher brasileira, colocando mulher lindas fazendo caras e bocas, bem como deixando a mostra boa parte do seu corpo.

Todos os dias somos bombardeados por tais "ataques da mídia".

Tenho um amigo que no passado foi vendedor de produtos para emagracer. Apesar de hoje ter enveredado-se pelos caminhos do serviço público, ainda conserva a boa lábia de vendedor. Ele me contou como abordava os clientes, como ganhava sua confiança e como fazia com que so tornassem clientes fiéis.

Ele sabia muito bem vender seu produto...

Primeiramente, ele conhecia bem o produto. Antes de começar a vender, estudou bem o seu material de venda, a origem do produto, os efeitos, conversou com quem estava a mais tempo vendendo, estudou o perfil dos seus clientes em potencial e também estudou os produtos da concorrência para poder provar o porquê de seu produto ser o melhor.

Segundo, ele provou o produto. Apesar de não precisar emagrecer, passou a utilizar uma linha do produto que era apenas para manter uma alimentação saudável, para poder ter mais autoridade ao falar do seu produto. E também porque, imaginem se um cliente perguntasse "se você diz que o produto é tão bom, porque não o experimentou?".

Por fim, ele era a própria imagem do produto. Não somente porque é bem magro, mas também porque acreditava que aquele produto podia mudar a vida do seu cliente. Tanto que literalmente "vestia a camisa" do produto.

Eu tenho um produto muito melhor que algo para emagrecer. Meu produto não possui contraindicações, é recomendável para todas as idades. É a cura para todas as doenças, sejam da alma ou do físico. É capaz de te tar "poderes sobrenaturais". Te faz "viajar" nas idéias, sem perder a razão e sem queimar os neurônios. Faz com que você veja o mundo melhor. Combate à depressão, restaura o casamento desfeito. Combate o estresse e ainda lhe dá uma aparência melhor!

Meu produto está desde antes do mundo existir no mercado, mas a cerca de dois mil anos atrás passou a ser disponibilizado para todos, e melhor ainda... de graça!!!

O meu produto restaura os sonhos e foi capaz de dar sua vida por mim e por você...

Meu produto é Jesus Cristo!

Sim... um produto antigo no mercado, mas que nunca sai de moda.

Utilize-o sem moderação!

Eu não fiz nada!

"Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus enão de nós" (2 Coríntios 4:7).

Ontem estava em um avião realizando o trajeto Porto Velho/Brasília, uma viagem que, diga-se de passagem, mui tortuosa. Apesar da comodidade que um "pássaro de ferro" proporciona, mais de 5h de vôo é canseira.

Em meio a nuvens e mais nuvens, ouvia louvores ao nosso Deus Altíssimo, quando um senhor que estava ao meu lado puxou assunto ao ver um livro do William Douglas em minhas mãos: "você é da área jurídica?". A partir daí iniciou-se uma conversa que se estendeu por algumas horas, falando de direito, economia, crise mundial, empreendimentos, mercado de valores, concursos, etc. Enfim, sempre é bom conversar com gente culta, pois o papo sempre é interessante, e quando a pessoa fala de um assunto que não conhecemos, basta concordar com veemência como se você tivesse total domínio do assunto e pronto, o seu interlocutor vai acreditar que você é um gênio! Sempre funciona!

Ao final das árduas horas "de castigo" sentado no avião e da fome que apertava (incrível como as companhias aereas têm diminuído os lanches no serviço de bordo!), finalmente chegamos na Capital do nosso país.

Assim que abriram as portas do avião, iniciou-se o tradicional corre-corre nos corredores do aeroporto onde as pessoas vão em todas as direções, seja para procurar o portão de embarque para sua conexão, ou para a área de desembarque pegar suas bagagens e torcendo para que a mesma não tenha sido extraviada ou algo não tenha estourado dentro dela.

Em meio a essa correria me despedi de meu companheiro de viagem, o qual me deu seu cartão e disse para procurá-lo caso fosse à Goiânia, para "tomarmos um chopp".

Sabem o que eu fiz? Nada! Isso mesmo... nada! Esse senhor passou pela minha vida e eu não fiz NADA!!!

Mais tarde, sai do aeroporto JK e peguei um táxi para ir à rodoviária pegar um ônibus para meu destino que era Anápolis/GO. Nesse trajeto vim conversando com o taxista, que era um simpático senhor de certa idade, e um executivo, que era a cara do Fernandinho e que raxou o táxi comigo. Cerca de alguns minutos depois cheguei à rodoviária e me despedi de meus dois novos "amigos".

E sabem o que eu fiz?! Nada!!! Mais uma vez eu não fiz NADA!!!

No momento não percebi isso, estava tão embebecido com a viagem, em poder descansar, passear rever amigos, que acabei fazendo NADA!

Você sabia que Deus guarda seu tesouro em você?

A preciosa mensagem da salvação em Jesus Cristo, que tem um valor supremo, foi confiada por Deus a seres humanos frágeis e falíveis.

Porém, o enfoque do apóstolo Paulo ao escrever isso, não estava no recipiente perecível, mas em seu conteúdo de valor inestimável, qual seja, o poder de Deus que habita em nós.

Mesmo sendo fracos, Deus nos usa para transmitir suas Boas Novas e nos dá poder para fazer a Sua obra.

Saber que o poder é de Deus, e não nosso, deve nos afastar do orgulho e nos motivar a manter nosso contato diário com Ele, nossa fonte de poder.

Nossa responsabilidade é sermos bons despenseiros da Palavra e deixar que as pessoas vejam Deus por nosso intermédio, através de atitudes que de fato reflitam a Cristo.

Eu perdi a oportunidade de semear a Palavra nas vidas que passaram por mim ontem. Perdi a oportunidade de lhes apresentar o maior tesouro que há no mundo, e que está dentro de mim!!!

A minha sorte é que Deus é misericordioso, e sei que outras oportunidades virão. Mas também sei que dessas pessoas que conversei ontem, as quais provavelmente nunca mais reverei, seu sangue será cobrado de mim um dia quando for ao Tribunal de Deus.

Mas, e você... vai deixar essa oportunidade passar?

"Senhor, Tu és o meu maior tesouro, o meu bem maior. Quero saber cuidar bem deste tesouro e a cada dia refletir mais e mais a Tua glória para que o mundo conheça quem Tu és. Que cada um que cruzar o meu caminho seja um terreno fértil onde eu possa lançar a Sua Palavra."

Guiado por Deus

Depois de fazer sair todas [as ovelhas] as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz. (Jo 10.4b.)

Certo pastor se encontrava em férias com a família. Ficaram acampados junto a um lago azul, formado pelas neves derretidas das montanhas circundantes.

O sol brilhava forte e o convidava a uns mergulhos. Avisou à esposa que iria nadar até alcançar uma pequena ilha no meio do lago. Assim que atingira a metade do percurso, veio uma neblina inesperada, que embaçou tudo, tirando completamente a visão de todos. Veio o desespero da falta de direção. Para onde estaria indo? Estaria nadando em círculos? Foi então que sua esposa, da margem, começou a gritar seu nome, dizendo: “John, estamos aqui! Venha!”

Orientado pela voz da sua amada, ele conseguiu chegar à margem. O Senhor Jesus é o nosso bom pastor. Ele conhece o caminho por onde vamos passar. Sua voz é que nos dá a direção certa para alcançarmos, com segurança, a “margem”, onde ele nos aguarda. E, quando você não estiver vendo nada à sua frente, é hora de confiar. Seu amor, como bússola, há de guiá-lo. Ouça hoje a sua voz, no seu coração, na sua Palavra.

Pai, quero estar sempre pertinho de ti. Como ovelhinha do teu rebanho, eu ouço a tua voz. Ajuda-me a ouvir e a obedecer. Amém.

Extraído do site: www.lagoinha.com

Fechando as brechas

“Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que pratica justiça, e não deixa o direito do seu Deus; perguntam-me pelos direitos da justiça, e têm prazer em se chegarem a Deus,

Dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho.

Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto.

Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR?

Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?

Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?

Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.

Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;

E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.

E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.

E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.”

(Isaías 58:2-12)

O Senhor tem falado a nós de não voltar às borras, de arrependimento, de libertação do pecado, de autoridade. Hoje estava compartilhando com alguns irmãos sobre o que o Senhor tinha lhes falado nesta semana, e o incrível é que tudo girava em torno da mesma coisa. Hoje quero lhes falar justamente sobre isso, sobre a chave para sermos canais de Deus, e essa chave é “fechar as brechas”.

Brecha, segundo o dicionário é “abertura”, “fenda”, e “golpe ou ferimento largo e profundo”. E é justamente isso que é uma brecha em nossas vidas, um ferimento largo e profundo, uma abertura por onde o diabo encontra abertura para atuar.

Quando em uma construção percebe-se a presença de rachaduras, de brechas, imediatamente se toma medidas no sentido de repará-las, pois com certeza aquilo resultará na ruína do prédio, em breve ele virá a ruir.

Em Neemias 1, vemos o quanto Neemias se preocupou em reparar as brechas e reestruturar os muros ao saber que os muros de Jerusalém estavam em ruínas. Neemias se preocupou pois sabia o quanto era importante que a sua cidade estivesse com suas defesas firmes para resistir aos ataques inimigos.

Os muros estão relacionados à defesa, segurança. Para que uma cidade fosse considerada forte e segura ela deveria ter um muro que a circundasse. Quando falamos em muro ou em muralha, do que lembramos? De imediato me vem à memória as muralhas de Jericó. Jericó era uma cidade invencível por causa de suas muralhas, tanto que quando elas caíram imediatamente a cidade tomada e destruída (Josué 7:20).

As brechas em nossas vidas são os pecados que ainda insistimos em não abrir mão deles. São por essas brechas, por esses pecados, que o diabo vai querer nos destruir.

Quantas vezes não percebemos brechas em nossas vidas e fingimos que nem a notamos? Vamos empurrando a poeira pra debaixo do tapete, fingindo que estamos íntegros diante do Senhor, falando “glória a Deus” e “aleluia”, mas na verdade nosso coração está corrompido, e somos verdadeiros sepulcros caiados (branqueado com cal), que por fora parece bonitinho, mas por dentro está podre, morto, imundo, fedendo.

Em Mateus 23:27, Jesus nos alerta quanto a isso, acusando os escribas e fariseus de sepulcros caiados. Eles se julgavam os profundos conhecedores da Palavra, os corretos, os perfeitos, mas na verdade eram apenas fachada.

Se nos cultos você levanta os braços, faz juras de amor ao Senhor, fala “Deus eu quero fazer a diferença”, “eu quero ser usado”, “envia-me”, mas no seu dia-a-dia suas atitudes não colaboram nesse sentido, vou te dizer o que você é: Você é um HIPÓCRITA!

É muito fácil ter uma vida de aparência, sem compromisso com o Senhor.

O Senhor nos chama para rompermos as barreiras, para irmos além do que os olhos podem ver e a mente pensar.

Em I Pe 2:9 diz “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”

Você crê nisso? Então por quê ainda vive no pecado?! Porque ainda retorna às borras?! Por que prefere viver como o mundo dita?! Por que prefere satisfazer aos seus próprios desejos ao invés de buscar fazer a vontade do Senhor?! Por que continua olhando para seu umbigo, se achando o centro do universo, que é o fortão, o invencível, ao invés de pedir ajuda?!

É incrível nossa natureza humana. Temos uma grande tendência a ter “memória curta”, é uma espécie de “esclerose espiritual”, onde esquecemos das promessas de Deus para nós.

Meus irmãos, VAMOS FECHAR AS BRECHAS!!!

Leia novamente Isaías 58:9. Aí está a chave! O Senhor mandou o povo tirar do meio deles o “jugo, o estender do dedo e o falar vaidade”. Traduzindo para nossa realidade, o Senhor mandou tirar o pecado, as rivalidades e o egocentrismo. Tudo o que é sujeira deve sair das nossas vidas.

Isaías 58:10-12 diz: “E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.”

Você quer ser usado pelo Senhor? Então feche as brechas, abandone o pecado e viva a vida que o Senhor preparou para você!